quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ser mulher em pleno século XXI


Ser mãe, escrever monografia, assistir aula (confesso que ultimamente não tenho tido paciência pra isso) e dar conta de inúmeras outras responsabilidades é coisa de louco mesmo! E aquela velha sensação de que tem sempre algo pendente ou faltando acompanha a minha vida. Você também se sente assim? Bem-vinda ao clube!

A nossa rotina muda muito quando se tem um filho, é verdade. Todo dia tem algo novo para descobrir e as funções são intermináveis. Às vezes vale apelar por algum tipo de ajuda ou solução. "Ser mãe é padecer no paraíso", "ter filho é renunciar a própria vida", "você é a melhor mãe que seu filho poderia ter" e muitas outras frases feitas que nos confortam em momentos de aflição. As preocupações são tantas que eu bem que deveria escrever um artigo aqui só com os prós e contras da maternidade.

Graças ao século XX (estamos no XXI, eu sei, mas foi no XX que ocorreram as principais mudanças no pensamento masculino e a conquista dos direitos das mulheres) temos mentes muito abertas que entendem quando a mulher deve sair e deixar seu bebê em casa com algum cuidador responsável ou em um berçário. Graças também à tantas mudanças e evoluções a mulher cada vez mais busca por sua independência e reconhecimento profissional. O que antes era um título para os homens hoje é um prêmio para nós, símbolo de esforço, dedicação e talento.

O talento nas mulheres antes era advento do trabalho manual e artesanal, as mulheres de antigamente eram muito boas em costurar, bordar, fazer rendas, cozinhar... E porque hoje muitas não sabem fazer mais nada? Simplesmente porque elas não ficam mais em casa. O tempo que elas se dedicavam ao lar aprendiam tudo com as mães, avós e sogras. O tempo que ficamos em casa hoje é mais limitado e mal damos conta de tantas tarefas diárias que vai desde a educação dos filhos, vida pessoal, projetos individuais, planos de carreira até a administração do lar.

A mulher contemporânea é talentosa, dinâmica, prática e eficiente, a encontramos em diversos setores do mercado de trabalho. O sonho pela casa própria e aquisição de novas tecnologias de consumo são um retrato dessa mulher multi-moderna, que hoje preocupa-se em ganhar seu próprio dinheiro e não depender de marido. A mulher tradicional não tinha tantas preocupações pois sentia que ocupava bem o seu espaço no lar educando seus filhos. Isso mudou, ainda bem. Já pensou em ficar em casa durante toda uma vida dedicando-se à um lar e renunciando às próprias vontades? Não sair, não trabalhar, não estudar uma língua, não viajar nem conhecer uma cultura diferente e viver sob as rédeas do destino? Antigamente era assim. Hoje não. Hoje existe a cobrança das mulheres com as próprias mulheres. A exigência de si mesma. De se permitir e dar o melhor: seja como mãe, profissional, mulher, esposa, amante.

Hoje ocupamos um espaço muito significativo e somos muito respeitadas pelos nossos papéis. Não é fácil chegar aonde queremos: sofremos assédio moral, sexual e muitas vezes temos a nossa opinião deturpada por eles, os homens. Diante de tantas barreiras somos fortes e aguentamos tudo, por vezes calada, por hora desbocadas. Mas somos mulheres do sexo feminino, mamíferas, leoas, nada de princesas ou sexo frágil em plena modernidade vingente. Príncipes encantados não existem porque princesinhas também não existem, entenderam? Por trás de uma grande mulher há sempre um homem temendo por nós.

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