Yasmin continua linda, saudável... Só mesmo o amor de mãe para enxergar tamanha beleza e perfeição em um ser que ainda é um bebê dentro do ventre materno. Essa felicidade toda é um presente dos Deuses, às vezes me pergunto se mereço mesmo toda essa magia envolta desse sentimento ÚNICO e VERDADEIRO, merecendo ou não fui escolhida para esta missão e já sinto que estou "padecendo" no paraíso antes mesmo da minha pequena flor nascer. Eu sei que vou estar lá, vidrada, ligada o tempo todo nela e vou perder um pouco do MIM MESMA, sendo capaz de esquecer todas as adversidades da vida impostas pelos seres humanos para conhecer FINALMENTE o sentimento mais nobre que existe no universo: que não se compara, não se imita, não se inveja, não tenta ser melhor nem pior, apenas interioriza em nosso ser, em quem se permite. E como grávida ou futura mãe da minha florzinha eu já consigo, posso e sou capaz de sentir todo este sentimento MAIOR.
Pesando 1.645g, medindo 41cm, com 31 semanas de gestação... minha flor se mostra cada vez mais forte! Ela está sentada no lado esquerdo do meu ventre e já não tenho mais certeza se o parto vai ser normal, logo agora que eu estava começando a me preparar para deixar que a minha filha viesse ao mundo da maneira mais natural possível, deixando de pensar na dor do parto e começando a aceitar a vida como ela é, a natureza com os seus carmas e darmas.
Às vezes me vêm uns pensamentos e fico imaginando que tudo poderia ser diferente, que eu deveria ter feito escolhas MELHORES na vida da minha primeira filha. Mas como imaginar um mundo que você não viveu? Um mundo que só existe porque você de uma maneira ou de outra não quer aceitar o mundo que você tem. É por isso que eu sempre digo e repito: não há tempo para arrependimento e ressentimento, só existe o tempo que vivemos AGORA, e devemos fazer desse agora um mundo cada vez melhor.
Nessas últimas semanas eu vivi os meus piores pesadelos, enfrentei toda forma de invasão à minha alma, lutei por um ambiente melhor (de paz e amor), contestei o que cabe só a mim julgar, me "virei" da forma que pude, pedi ajuda aqui, um help ali... fui em busca de vários portos-seguros (os amigos à quem sou grata, minha família, com todos os seus defeitos e qualidades, e meu maior porto-seguro: minha MÃE!), aprendi que nunca estamos sós e que há sempre uma saída. Uma semana inteira conturbada, sem nenhuma idéia fixa para abrir a minha mente, com o coração cheio de confusão e o corpo cansado, exausto... foi quando pedi PERDÃO à ela, o único ser que não merece todo esse caos interno, à minha filha querida que ainda é um bebê dentro do meu ventre, e assim pude me redimir e voltar à ter mais controle sobre tudo o que não é MAIS importante para nós duas.
Resumindo: a semana recomeçou tranquila, tudo estava da mesma maneira que encontrei ou, na verdade, os ventos estavam se acalmando e pondo as coisas em ordem novamente.

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