sábado, 26 de março de 2011

Ser mãe




Tudo tem dois lados. E com a maternidade não haveria de ser diferente. No início tudo dói. Parir, amamentar, andar, levantar, sentar. Chegar da maternidade em casa com uma sensação de que passou vários meses fora, tudo mudou e você ainda trocou aquele barrigão por um bebê de colo extremamente frágil e sensível! As primeiras horas o bebê dorme tanto que você fica lá fazendo serão pra ver se ela tá viva. Vai tentar dormir também pra descansar de uma cirurgia altamente perigosa, com uma recuperação lenta e longa pela frente. Antes vai tomar um banho, mas quem disse que consegue fazer isso como algo automático do cotidiano? Você simplesmente está reaprendendo a tomar banho após anos e anos fazendo isso com a maior naturalidade. Na hora de se trocar lembra: 'Ah, ainda tem a bendita faixa pra tirar e o curativo pra trocar!' 1 semana trocando as gases de um corte profundo logo acima da sua periquita! (rsrsrs) E como dói tudo isso! Ainda tem a cinta pra colocar e só tirar daqui a 2 meses!! Quando finalmente você fez tudo que tinha que fazer para ir pra cama, a bebê acorda chorando querendo mamar. Então vamos lá. Dá o peito direito, enquanto isso o esquerdo já tá produzindo mais leite e começa a vazar, põe uma fralda pra não melar toda a roupa e de repente a bebê larga o peito e leva uma chuveirada de leite! (rsrsrsrs) De quebra tem as dores, as fissuras, etc. Ela chora porque quer mais, não satisfeita em ficar sugando a mãe por uns 40 minutos. Já marquei no relógio 1 hora de amamentação, com intervalos para trocar de peito. E arrotar? Não pode deixar de colocar pra arrotar. Às vezes vem logo em seguida um arrotão, se não tome uns 15 minutos de castigo com a criancinha de pé colada no seu ombro, enquanto você sente dor, sono, fome e sede. E é desse jeito o dia inteiro, todos os dias da semana. Você tá na guerra e não sabe. O dia não tem fim, nem começo, nem meio. Uma coisa atrás da outra pra fazer. Trocar a fralda da pequena de hora em hora, dar banho (um dos momentos mais prazerosos que existe) e colocar pra dormir. Na madrugada você "pensa" que vai descansar... doce ilusão.

Fez 1 mês e você se sente mais cansada do que uma vaca em dia de pasto. A mulher-gata já se foi e nem te avisou quando vai voltar. Mas você renasce das cinzas e vai se sentindo melhor e não sabe o porquê. Só que aí você percebe que todos os dias durante o mesmo horário a bebê não pára de chorar. Tudo o que você mais temia acaba de chegar: as cólicas! Tome choro (o seu também), remédio, massagem, orações! (rsrsrs) E por volta dos 3 meses você recupera toda a sua energia... Já consegue dormir à noite e fazer todas as funções sem sentir dor. Agora passa a viver em uma bolha: só você e ela! Nada mais importa... cansaço? dor? sono? Isso agora é fichinha pra você.

A parte mais interessante de ser mãe é ver como as pessoas sofrem com coisas pequenas, frescurites agudas. E a coisa mais insuportável é ver gente reclamando de tudo. Nessas horas eu me sinto a própria Mulher Maravilha. Ser mãe é crescer como ser humano. É enxergar a vida sob os olhares de uma pequena. Imaginar-se numa roda-gigante, comendo pipoca, tomando sorvete, enchendo balões, passeando no parque, mergulhando numa piscina de bolinhas, pintando, desenhando, colorindo e tantas outras coisinhas mágicas que deixam para trás tudo que não é tão bom de se sentir que a gente (mãe) precisa passar para que nossas pimpolhinhas cresçam lindas e saudáveis.

2 comentários:

  1. Oiii! obrigada pela visita no blog!Vim aqui te conhecer,sua bebe é essa da foto? é linda,parabens!!Olha,lendo seu post voltei 5 anos no tempo e me peguei fazendo os mesmos pensamentos,quesionamentos e incertezas e algumas certezas tb,rsrs...
    O mleohr é que a gente sobrevive e ama tudo isso!! Super verdadeiro seu post!! :-D
    Olha,comecei a passear com ele novinho,ele fez a primeira trilha com a gente com menos de 2 anos,mas viagem mesmo só com 3 aninhos...dá um trabalho a mais,é verdade..mas é compensador!!!
    Estamos te seguindo,tá?
    beijos,otimo fim de semana!!!
    ;-)

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  2. Obrigada! É minha filha sim... Yasmin Luz! Eu já penso em me aventurar com ela, acho legal criar esse vínculo mãe-filha-natureza... além de serem momentos muito prazerosos!

    Seja BEM-VINDA aqui!

    Bruna.

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